E se os portugueses encontra-sem as Américas antes dos espanhóis? E se os europeus não saíssem em busca de novos territórios? E o império romano não tivesse acabado? O Brasil perdesse a guerra do Paraguai? Se essas perguntas te perturbam é a hora de levar para suas mesas de RPG o gênero História Alternativa!
Mais o que é história alternativa?
Histórias alternativas se refere ao um subgênero da ficção especulativa, onde é contada uma história de ficção ou não-ficção, na literatura das histórias alternativas se faz uma pergunta norteadora "o que aconteceria se a história tivesse transcorrido de maneira diferente?" O que diferencia essa gênero de ficção dos outros é o ponto de divergência, que é um ponto na história onde ocorre algum evento que modifica a linha temporal. Quase todas as histórias são baseadas em eventos históricos reais, mesmo que depois aspectos políticos, sociais e tecnologicos mudem muito com o passar do tempo. O ponto de divergência acontece no passado, fazendo com que a história humana transcorra diferente da nossa.
"Desde os anos 1950, este tipo de ficção fundiu-se em grande parte com os tropos da ficção científica envolvendo (a) entrecruzamento de períodos históricos, tempo paralelo, viagens entre histórias/universos alternativos (ou conhecimento psíquico da existência do "nosso" universo por pessoas em outro, como em obras de Dick e Nabokov), ou (b) viagens rotineiras "para cima" e "para baixo" no tempo resultando na partição da história em duas ou mais linhas temporais. Cruzamento de épocas, partição do tempo e temas da história alternativa se tornaram tão entrelaçados que é impossível discutí-los separados uns dos outros. O livro de 1962 "O Homem do Castelo Alto" de Philip K. Dick, em que os nazistas venceram a Segunda Guerra Mundial é um dos exemplos mais famosos de história alternativa, tendo marcado profundamente este gênero." Fonte: Wikipédia
Tito Lívio é o primeiro autor a trabalhar com história alternativa oficialmente, é dele o texto mais antigo desse gênero, Historia de Roma desde sua fundação, livro 9, secções 17-19. No livro o autor reflete sobre, se Alexandre Magno conquistador macedônico tivesse iniciado suas invasões pelo oeste ao invés do leste, o que o teria levado a atacar Roma. Mais a primeira alohistória (termo em espanhol para história alternativa) foi escrita por Louis Napoléon Geoffroy-Château, denominado Napoléon et la Conquête du Monde, 1812-1813, onde o autor imagina uma Rússia dominada por Napoleão em uma situação onde não tivesse ocorrido o desastre da campanha de 1812.
The Man in the High Castle, romance de Philip K. Dick é o mais famoso livro de história alternativa, nele é contando uma outra versão da segunda guerra mundial, onde os países do eixo vencem os aliados e os Estados Unidos da America é entregue a Alemanha nazista e o Império do Japão. Nesse mundo onde os nazistas e japoneses impõem seus impérios coloniais aos outros povos do mundo e o homem chegou a marte, existe um livro extremante proibido. Nesse livro proibido e, escrito pelo "Homem do Castelo Alto", conta-se a história de um mundo onde os Estados Unidos não teria perdido a guerra. A através disso a vida de várias pessoas interligam-se pelo I Ching, o oráculo chinês.
O primeiro trabalho reconhecido de história alternativa em língua portuguesa foi feito pelo escritor brasileiro José J. Veiga (1915-1999), "A Casca da Serpente" (1989), o autor imagina nesse livro que Antonio Conselheiro líder de Canudos, sobreviveu ao massacre em Canudos e fundou uma nova Canudos, que foi destruída décadas depois no regime militar.
Outro escritor brasileiro, Gerson Lori-Ribeiro é um dos mais importantes autores de história alternativa, e é um dos responsáveis pela promoção e divulgação dessa literatura em língua portuguesa. O seu livro "A Ética da Traição", narra a história de um Brasil com um território bem menor depois da derrota na "Guerra do Paraguai". Lori-Ribeiro assumiu também o pseudônimo de Carla Cristina Pereira, que explora um cenário onde os portugueses chegam antes de Colombo a América e se uni para criar um império mundial. Logo depois com esse mesmo pseudônimo lança o romance Xochiquetzal: Uma Princesa Asteca entre os Incas.
Outro escritor importante Roberto de Sousa Causo, publicou em 2010 sua novela "Selva Brasil". A novela imagina um Brasil que invadiu militarmente as Guinas, envolvendo-se em um intenso conflito fronteiriço que perdurou até os anos 1990 onde se passa a história da novela.
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